"A pancreatite aguda é um grupo de lesões reversíveis caracterizados pela inflamação do pâncreas variando em gravidade de edema e
necrose da gordura a necrose do parênquima com hemorragia grave. A pancreatite aguda é relativamente comum, com uma taxa anual de incidência nos países ocidentais de 10 a 20 casos por 100 000 pessoas. Aproximadamente 80% dos casos nos países ocidentais são associados com uma de duas condições: doenças do trato biliar ou alcoolismo. Cálculos biliares estão presentes e 35% a 60% dos casos de pancreatite aguda por obstrução do sistema ductal pancreático, e cerca de 5% dos pacientes com cálculos biliares desenvolvem pancreatite. A proporção dos casos de pancreatite aguda causados por ingestão excessiva de álcool varia de 65% nos EUA a 20% na Suécia a 5% ou menos no sul da França e no Reino Unido. A proporção homens-mulheres é 1:3 no grupo com doença do trato biliar e 6:1 naquele com alcoolismo.
Nessa desordem, enzimas pancreáticas ativadas escapam das células acinares e dos ductos, liquefazendo as membranas dos adipócitos e quebrando ésteres de triglicerídios contidos nessas células.Os ácidos graxos liberados se combinam com o cálcio e produzem áreas brancas visíveis (saponificação). Histologicamente, a necrose se apresenta como focos de adipócitos necrosados de contornos sombreados, com depósitos basofílicos de cálcio, cercados por uma reação inflamatória". Robbins e Cotran, patologia, 2005.
Necrose em foco
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